Terça-feira, 26 de Abril de 2005
Como todos os murtoseiros (ou forasteiros que por ali passem) sabem, a Av. do Emigrante divide-se em duas partes distintas.....tão distintas que às vezes até é difícil perceber que se trata da mesma avenida.
Se formos da novíssima rotunda dos bombeiros para o centro da Murtosa, encontramos uma via arranjadinha (com umas tampitas de esgoto acima do nível) ou pelo menos em vias disso; com o aspecto de que poderá vir a ser uma via harmoniosa, com direito a pista para ciclistas ( o que é mais que justificado numa terra onde a bicicleta ainda é por excelência um meio de transporte). Estou certa de que quando as obras estiverem concluídas será uma via aprazível, onde será agradável circular (embora tenhamos o problema de Bitaólras, Tuínhas e Cunazias - só para citar os clâs mais famosos - que aceleram por ali como se estivessem no autódromo do Estoril, e que podem estragar a viagem a qualquer calmo viajante, mas isso....são outros 500).
Ora, na parte que liga a citada rotunda à estrada intermunicipal, já no Bunheiro, as coisas são bem diferentes...
Achei alguma graça, porque é um percurso que eu faço no mínimo duas vezes por dia, e na correria maluca do dia a dia, confesso que aquele caminho já me é tão familiar que eu nem lhe encontro defeitos (exceptuando de vez em quando algumas covitas, mas isso é normal). Hoje, por acaso, tive que voltar a Pardelhas depois do trabalho e como aí a calma já era outra e os olhos já íam abertos para outras coisas, acreditem que fiquei....entre o chocado e o desiludido.
Como eu dizia no princípio, não parece a mesma avenida. Pista para ciclistas....nem projecto (a malta do Bunheiro, que se desenrasque e que se encoste à valeta). No entanto não é só isso. Não quero melindrar ninguém, porque sei que a culpa não é desta edilidade, nem por sombras; é mal que já vem de trás ...e aqui é que a minha atenção despertou; ...já repararam na miscelânea de árvores que por lá têm sido plantadas??? Parece que cada edilidade que por ali passa decide, plantar uma variedade diferente de árvores; há de tudo um pouco, de todos os tamanhos e feitios, de folha caduca a intercalar com folha persistente (sem qualquer harmonia) as da direita diferentes das da esquerda...espanta-me que com a febre de derrube de árvores que assolou a Murtosa, aquelas tenham escapado; Aí pelo menos podiam ter reordenado aquilo.
Ah!!... e a iluminação? será que alguém pensa que os Bunheirenses, sobretudo os do sul (que são quem mais usa aquela via, de bicicleta ou a pé), são tão iluminados (ou luminosos) que podem prescindir de uma iluminação pública mais abundante???
Bem, como este ano há autárquicas, acredito que os melhoramentos também lá cheguem..
Saudações bunheirenses.
Torre da Igreja de S. Lourenço - Pardelhas, em 26 de Abril de 2005, ao fim da tarde.
Segunda-feira, 25 de Abril de 2005
Abril de Abril
Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publicações Dom Quixote
Domingo, 24 de Abril de 2005
Não passo com muita frequência ao centro de Pardilhó, daí o meu espanto quando um dia destes por lá passei e dei com isto.....
Caramba, que luxo......(diria antes que snobismo).
Nós (e quando digo nós refiro-me a Murtosa e não Bunheiro), já nem precisávamos de tanto.
Lá vamos aguentando as obras conforme podemos mesmo sem o pedido de desculpas pelo atraso e inconvenientes, isso ainda é o menos. Mas bem que nos poderiam colocar em qualquer lado um "boneco" de papel, não é preciso quadro luminoso, onde nos vão explicando o que andam a fazer e com que orientação.
Por muito que me custe admitir, o centro da vila da Murtosa, nem a Pardilhó (que ainda há alguns meses era uma aldeia) se pode comparar, e cada vez mais.......em nada.....
Sábado, 23 de Abril de 2005
Finalmente, alguém que manda, chegou à conclusão, de que naquele semáforo do Bunheiro (já uma vez falei dele), havia algo que não funcionava...
Ontem ao fim da tarde fiquei agradávelmente surpreendida, com a placa metálica a dizer que era preciso aproximar da linha branca para accionar o verde...até que enfim.
Aos que são daqueles lados, como eu, não fazia muita falta porque já todos sabíamos; mas para os que vinham de fora era uma necessidade, até pela falta de lógica da situação. Quem vai do Bunheiro para Pardilhó, lógicamente, parava cá atrás, para não tapar o acesso daquela travessa da Levegada, e assim nunca mais o sinal verde era acionado.
Já que o sistema (para mim sem sentido naquele local) não pode ser mudado, pelo menos uma plaquinha informartiva....levou anos, mas mais vale tarde que nunca.
Terça-feira, 19 de Abril de 2005
Por volta das 6 horas da tarde em Roma (5 em Lisboa), saiu fumo branco da chaminé colocada na Capela Sistina e os sinos da Basílica de S. Pedro começaram a repicar, para confirmar que já tínhamos um novo Papa.
Após mais de 45 minutos de suspense, foi anunciado finalmente o nome do novo Papa e que nome Pontífico adoptará. Temos então como Papa o Cardeal Joseph Ratzinger, que tomará o nome de Bento XVI.
Que a luz de Deus o ilumine para que conduza a Igreja Católica no caminho da paz, da justiça, da uníão e da fraternidade.
Sábado, 16 de Abril de 2005
Até porque o meu tempo tem sido pouco, tenho lido sempre que possível os blogues murtoseiros, mas abstive-me de comentar ou postar sobre a nossa realidade dos últimos dias (semanas).
Daí que este post será uma miscelânea mais de comentários do que grandes achegas...
As árvores voltaram à Av. 29 de Outubro (consta que custaram balúrdios e foram importadas directamente de França), verdade ou mentira a avenida recuperou a graça e está muito mais bonita.
Também adorei a relva à volta das árvores na Prç Jaime Afreixo, que cresceu verde e viçosa enquanto eu fui almoçar...não me imaginava munícipe de uma autarquia tão rica e tão requintada.
A calçada portuguesa, uma coisa lindíssima, pelo que sei também extraordináriamente cara, tem melhorado considerávelmente o aspecto dos passeios e da própria praça Jaime Afreixo, que já se encontrava muito degradada....mas os cócós e ranhetas, realmente são uma vergonha... Lá que os câezitos, não compreendam nem admirem o trabalho artístico, eu até compreendo, jás as bestas de duas patas que passam os dias por ali encostados a escarrar para o chão e a criticar quem passa, bem podiam ir para uma escola básica de educação cívica, ganhávamos todos.
Por outro lado, os cócós também aparecem noutros lados e o caso mais flagrante é aquela alameda que liga a Av. 29 de Outubro ao largo da Câmara Municipal (tem nome???). É um percurso que faço diariamente e juro-vos que é preciso ir com muito cuidado, para chegar com os sapatos limpos. No entanto estou convencida que a nossa edilidade estará atenta a esse pormenor e já terá uma máquina para lavar os passeios (que agora são bem largos) e a dita alameda, pelo menos 2 vezes por dia...a ver vamos.
Voltando à calçada portuguesa, não percebi muito bem, porque é que metade da viela da CGD, foi calcetada...ou era toda, ou ficava pela largura do passeio...enfim mais uma razão que a razão desconhece.
A R. Dr. Carlos Barbosa, está pelo menos há uma semana e meia, completamente descascada....afinal qual a pressa de rebentar com aquilo tudo se não era para arranjar de seguida??? Pelo que sei, nem um carreirinho para as pessoas passarem a pé deixaram. Ouvi dizer que para vir para o centro de Pardelhas os peões têm dado a volta pela Regueirinha.... Está bem...se calhar até compreendo, é uma maneira de divulgar a qualidade dos arruamento que por lá se fizeram....quem nos dera que na parte da frente (Prç e ruas limítrofes) fizessem o mesmo.
Entretanto, durante a semana, tivemos direito às sinalizções de via, nas "artérias principais". Aquilo é uma anedota do princípio ao fim. Parece que ninguém sabe muito bem onde se colocar, para fazer mudanças de direcção, acho que no Monte ali por perto do Sr. Meiguices marcaram ( dividiram) a rua nos sítios onde só passa um carro, isto já para não falar dos traços contínuos, onde continuam a estacionar, e onde eu ainda não consegui passar sem pisar o dito.... Se a GNR, se lembra de ir tomar conta disso.... (não esqueçamos que ainda há pouco tempo, na blogosfera murtoseira, alguém dizia que não faltavam lugares para estacionar e citavam aquela zona (Acabada), como um grande parque). Eu não digo que o traço contínuo está mal, pelo contrário; o pior é que as pessoas continuam a estacionar sem se importarem com isso.
Por fim as cegonhas....
Não estive em Pardelhas no dia que retiraram os ninhos, pelo que só tive conhecimento à noite através dos blogues....Mas afinal que mentalidade é esta?? Eu adimto perfeitamente os prejuízos materiais que as aves possam causar e que são desagradáveis. No entanto era pora acaso este o momento certo para tomar esta atitude??? Não poderia ter sido noutra altura e acompanhado por especialistas??? Espero que este tema ainda faça correr muita tinta...ainda temos muitos terrenos na Murtosa onde se pode promover a nidificação das cegonhas, sem os incómodos que eventualmente possam causar na textura urbana...pelo meno tiveram a sensatez de deixar o ninho maior, na cruz lá de trás...
Ontem chocou-me o ar "perdido" com que as cegonhas sobrevoavam Pardelhas...estou certa que as autoridades e associações competentes estarão a acompanhar a ocorrência.
À espera de mais cegonhadas....desejo-vos um bom fim de semana.
P.S.- Também achei pertinente aquele dos mirones que vão tomar conta das conversas e dos drinks da nossa juventude....que mentalidades tão pobres e desocupadas, coitados...talvez a vida os ensine.
Domingo, 3 de Abril de 2005
Já tudo foi dito. Já tudo se consumou.
Ficará para sempre no meu coração o Papa, que para além de todos os elogios que já foram e serão feitos, era o Papa que a minha filha, nesse tempo bébé, confundia com o avô (meu pai)....Esse é um episódio que me deixa doces recordações.
Até à eternidade Karol!