Domingo, 31 de Outubro de 2004
Não sei se será do conhecimento geral, que o centro de dia para idosos, do centro social e paroquial do Bunheiro, já tem as portas abertas...
Parece que por enquanto a frequência é muito reduzida, esperemos por melhores dias. Afinal quanto mais forem os idosos a frequentá-lo, mais acompanhados se sentirão.
É uma obra, quanto a mim, digna de nota onde os nossos idosos podem desfrutar de um dia agradável, com cuidados e atenção constantes, sem terem que deixar a sua casa. Os filhos ficam mais tranquilos, porque os sabem acompanhados e eles terão a alegria de voltar ao seio familiar no fim do dia.
Por favor, dêem a conhecer...
Domingo, 17 de Outubro de 2004
Já há alguns dias, que não escrevia nada...nem imaginava que fossem tantos...
É a pacatez da minha vida, levada entre o Bunheiro e Pardelhas...se acontece pouco, acho que nem nesse pouco tenho prestado muita atenção...coisas da vida.
Hoje entre os ecos das eleições nas regiões autónomas e os do Benfica - Porto, (confesso que não percebi pelo relevo dado, qual era mais importante), tb ouvi uns foguetes cá na nossa aldeia... era a festa das colheitas, não posso comentar, porque é daquelas coisas que me passam um bocado ao lado e do pouco que vi, não gostei, ou talvez melhor dizendo, não percebi.
Vi passar uns tractores com meia dúzia de pessoas apeadas, vestidas com uns trajes entre o etnográfico e o carnavalesco, cada uns por seu lado....
Que é feito daqueles cortejos de antigamente??? podiam não ser nada de transcendente, mas era bem mais interessantes...e pelo menos menos davam um ar de alguma organização.
Mas como disse atrás, de certeza que nem sei do que estou a falar.
Como vêem nada de novo!!
Tenham uma boa semana! Voltarei em breve.
Sábado, 2 de Outubro de 2004
Das quatro freguesias do nosso concelho, julgo que o Bunheiro, será a mais desfavorecida (em muitas outras coisas também, que a seu tempo abordarei), mas como ía dizendo, a mais desfavorecida, quanto a uma cobertura mínima de transportes públicos...única e simplesmentenão há; não há uma rede mínima de tranportes públicos regulares, que sirvam a freguesia do Bunheiro.
Ninguém pode pensar em usufruir desse legítimo direito para se deslocar para o trabalho ou tão simplesmente para poder ir ao Centro de Saúde a uma consulta médica. Ou tem carro, ou pode ir de bicicleta ou então vamos lá chamar um táxi.
Até há poucos anos ainda funcionou uma carreira da Rodoviária do Caima, entre a Murtosa e Ovar, que não sendo o ideal, mesmo no que diz respeito a horários, era de algum modo o elo de ligação, quer com a vila, quer com o caminho de ferro (era o meu transporte até à estação de Avanca, quando era menina e moça).
Compreende-se perfeitamente que essa carreira até desse prejuízo, tendo em conta o tamanho do autocarro e o número de passageiros e julgo que só se manteve enquanto o Sr. Gonçalo foi motorista. Como ele residia na Murtosa, fazia essa carreira, nas deslocações até sua casa. Chegada a idade da reforma, pouco mais tempo esse serviço durou. A Rodoviária do Caima é uma empresa com fins lucrativos, e como tal é perfeitamente aceitável, que tenha extinto o dito percurso.
Aqui entra ou deveria entrar, a parte social das nossas autarquias. Estarei a ser utópica...mas não seria viável, a câmara (à semelhança de outras), assegurar esse tipo de serviço? Claro que não, pondo a rolar um autocarro de 60 passageiros, isso é dispendioso e desnecessário. Também não acho que devesse ser um serviço gratuito, mas talvez bonificado. Se calhar também nem acho que a câmara devesse comprar mini-bus (se bem que com as obras camarárias anunciadas n'O Catrazana, a verba para 3 ou 4 mini- bus, seria uma gota de água, para o orçamento), para assegurar esse serviço. Acho isso sim, que deveria lançar essa ideia, pô-la a concurso, e subsidiar a empresa que se dispusesse a assegurar as ligações entre as nossas freguesias, a sede de concelho e o exterior.
No Bunheiro, não há "nada", no que diz respeito a comércio e serviços...nem a maneira de os procurar.
É o marasmo que se instala e que às vezes se custa a entender e mais ainda a aceitar.